quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Total acordo...

Ao passar os olhos pela edição online de O Jogo, deparei-me com uma análise muito pertinente que tem tanto de rara - pela qualidade - como de correcta - a meu ver, claro. Para que não digam que malhamos em toda a gente e sobretudo na classe jornalística, transcrevo aqui o que considero ser uma avaliação muito perspicaz de um futuro reajustamento no plantel do F.C. Porto.
Problema: Lisandro
ALCIDES FREIRE " Problema significa, "ispsis verbis", uma "questão que se propõe para ser resolvida" e, nesse sentido, Lisandro está prestes a tornar-se num enorme problema. A culpa é de Tarik, em primeira instância da Taça de África, e a resolução é obra para Jesualdo Ferreira. E é aqui que se pede ao treinador do FC Porto que não ceda às tentações fáceis, aliás que risque do pensamento o nome do avançado argentino quando tiver de ocupar o espaço deixado vago pelo marroquino. A bem do futebol, esqueça que o Lisandro existe. Só por alguns segundos, os necessários para elaborar a táctica, escapando dessa forma à tentação de tirar o melhor marcador do campeonato português do lugar certo. A solução óbvia de recambiar Lisandro para o lado direito para disfarçar a ausência de Tarik não é uma solução ofensiva. É um ataque ao futebol. Não há diagonais perfeitas que resistam a ver Licha longe da baliza, no mínimo, demasiadas vezes longe da zona do campo onde marcou 13 golos desde o início da temporada. Melhor do que qualquer outro na Bwin Liga, nada que fique mal na comparação com os mais famosos avançados dos melhores campeonatos. Se o afastarem da baliza deixará de fazer sentido falar de Lisandro e da paciência do FC Porto. E se tudo isto não bastar para que Mariano Gonzalez ou outro qualquer tome o lugar de Tarik, que se recorde a Jesualdo, como que em última instância, o que aconteceu da última vez que Lisandro foi tapar um buraco no lado direito. Duas pistas: Choupana, derrota. Ou fará algum sentido que o melhor marcador tenha de trabalhar para os outros marcarem? "

1 comentário:

QUINITO disse...

Se reparar, caro Mogrovejo, este post tem muito a ver com aquele que fez há tempos sobre a falta de rotatividade que caracteriza a gestão do prof. Jesualdo. Este erro impende sobre a construção (mal feita) do plantel, bem como sobre a falta de disponibilidade (natural) dos "reservistas" que não jogam senão para a Liga Intercalar. Moral da história: plantel sem extremos, opções desmotivadas. E, se calhar, mais um ano a ganhar o campeonato sobre a linha de chegada, já com o bafo dos outros no cachaço. Abraço, Q.