quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ABDEL GHANI: EU NÃO ACREDITO, NÃO SUBSCREVO E NÃO ALINHO. PORQUE NUNCA ALINHEI NEM SOU OBRIGADO

Caros Juízes, um dia pedi a um de nós numa concreta situação que assumisse uma outra postura. Obtive uma resposta clara: não deixarei de ser quem e como sou nem que tal me custe a presidencia. Percebi e fui com ele desde o inicio até ao fim. Ganhou claramente. Porque era o melhor. Hoje impugnando este recente e ridiculo acto de coroação eleitoral, onde já uma vírgula não se discute, onde o prélio da disputa da razão não tem lugar, onde o que é tem de ser, só por isso ao melhor estilo Marcelista, submeto o meu acto à vossa apreciação sabendo-o óbviamente descabelado, por isso enquadrado no nosso Tribunal. Simplesmente um acto de cidadania. Concedam-mo. Sinto-me claramente acossado, mal interpretado por quem não consegue ver mais longe. Serei aqui, neste espaço que eu próprio com outros idealizei, o Juíz Veiga Trigo, honorário, ainda que previamente ameaçado da perca do estatuto por quem hoje, pelos vistos, dirige os nossos destinos. Desalinhado, crítico, espartano, mas colaborador. Permitam-me a ausencia física num espaço para o qual fui miseravelmente desconvidado. Sem honra nem respeito. Não estarei presente quando dois de entre nós se quiserem agredir mutuamente e se jurarem de afastamento. Ao contrário eu perdoo mas não vou esquecer. Sobretudo àqueles que sem ser tido nem achado, ajudei em todas as valencias da vida. Sou Juíz deste Tribunal, com muita honra. Quer queiram quer não.

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