Palavras para quê? Só mesmo em Portugal

Marrazes queixa-se de pagar quase o dobro da União de Leiria para jogar no estádio municipal O Sport Clube Leiria e Marrazes (SCLM) não volta a jogar no Estádio de Leiria. Pelo menos enquanto a Leirisport continuar a apresentar uma factura que os dirigentes do clube qualificam de “inconcebível” e “quase chocante”: 1.250 euros por jogo, 500 euros por treino. Cerca do dobro, acusa o presidente da assembleia geral do SCLM, do que é cobrado à equipa profissional da União de Leiria. Ao SCLM foi dito que a diferença é consequência do protocolo entre Leirisport e União de Leiria, SAD. Mas Domingos Carvalho considera “um perfeito disparate que uma actividade supostamente rentável - a SAD - tenha um custo de utilização inferior ao que uma entidade de interesse público como o Marrazes tem para utilizar um equipamento municipal pago por todos nós. É inconcebível, quase chocante”. Terça-feira, contudo, numa conferência de imprensa, o presidente da Leirisport, José Benzinho, garantiu que os preços do estádio “são ajustados a cada realidade”, caso se tratem de jogos distritais ou da União de Leiria. O REGIÃO DE LEIRIA tentou, sem sucesso, obter da Leirisport os valores exactos pagos por União de Leiria, SAD e SCLM pela utilização do estádio. O clube tem de jogar em campo emprestado até estar pronta a Aldeia do Desporto da Mata de Marrazes. E o Estádio de Leiria, mais próximo, está agora fora de hipótese. “A Câmara tinha obrigação de intervir para facultar ao Marrazes esta utilização de pura excepção. É dona real do estádio e com muita facilidade tinha dado uma mão à Junta, que está a fazer a obra, e ao clube”. Sem recursos para pagar à Leirisport, o SCML muda-se domingo para a Boa Vista. Domingos Carvalho deixa “um pedido de caridade às instituições do concelho: que nos emprestem um relvado para praticarmos o nosso futebolzinho”.