segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Parecer não jurídico...

Porque jamais o Tribunal deve ter regras. Porque se assim for subvertem-se por completo os princípios que estiveram na génese da criação deste fenómeno. Não somos uma associação, muito menos uma pessoa colectiva. O pelouro jurídico serve propósitos de resolução de conflitos, na esperança que eles nunca existam - ou não estivessemos nós entre amigos - mas uma vez que se suscita uma questão dúbia, o pelouro pronuncia-se por intermédio deste post. O Tribunal não é uma agremiação com fins lucrativos, não serve propósitos económicos nem aspira a transformar-se numa empresa. O Tribunal do Ritz é a designação conferida a um grupo de amigos, que pretendeu ir um pouco além do simples convívio de domingo, dando corpo a uma série de ideias criativas que vão fazendo com que o mesmo grupo se mantenha inalterável. Neste sentido, estatutos, eleições, impugnações, postagens e regras são meras formalidades sem qualquer aplicabilidade prática se não corresponderem à vontade da maioria. Não há classes, não há diferenças, não há privilégios. Como qualquer sociedade livre que se preze, a voz de todos é a voz de um só, neste caso o Tribunal do Ritz. Por tudo isto o pelouro jurídico é do entendimento que devem ser validadas as eleições levadas a cabo no passado dia 19 de Novembro cujo escrutínio resultou na eleição de Abdel Ghani a presidente do Tribunal. Fica naturalmente à consideração "superior", sendo certo que sobre a decisão pesará o parecer do pelouro jurídico. Sem mais de momento nos despedimos, não sem antes congratular o Xôr Botende pelo seu pecúlio enquanto presidente, ora cessante. Um abraço.

5 comentários:

Pelusa disse...

Em minha opinião a não validação das eleições seria um tiro na democracia que deverá reinar no Tribunal. Concordo que deveria ter havido periodo de reflexão e debate. Porem a maioria decidiu que as eleições deveriam ser imediatas tal como decidiu que o Xôr Abdel deverá ser Presidente. Fico satisfeito por este parecer do pelouro juridico. Parabens ao Xor Abdel e um abraço ao Xor Harbuti. Cumprimentos, Nelson

harbuti disse...

Os meus parabens ao "Pelouro Juridíco" do Tribunal pois a sua observação(parcer)está muito bem fudamentada e observada ,mais uma vez o Tribunal a trabalhar em grande....

Dinis "Sandokan" disse...

Subscrevo as palavras e a opinião expressa pelo Xor Mogrovejo em nome do pelouro, mas gostaria de acrescentar mais algumas palavras, também elas de teor não jurídico. Creio que falo por todos quando digo que o objectivo simples, mas alegre e salutar, do Tribunal é o convívio dominical para falar de "bola" - mais um escape... Até aqui, pensei que o cumprimento desse objectivo era tão simples como o próprio. Contudo, a discussão futebolística e a narração dos (in)sucessos desportivos de cada membro tem vindo a dar lugar a quezílias particulares, que acabam no insulto fácil e na agressão verbal, como bons latinos que somos. Infelizmente, o bom motivo que levou às eleições ontem realizadas e impugnadas, acabou em mais uma sessão de ataques verbais. Parece que qualquer motivo é bom para discutir tudo o que não seja futebol. A subversão dos valores do Tribunal não se reflecte na candidatura de dois Juízes que afinal não o são, mas em algo muito mais importante e substancial. Não é a violação dos estatutos que me preocupa, mas a das regras do respeito e dos valores da amizade. Recuso-me a entrar nesse campo e perder amizades que fiz em dois, cinco, dez ou quinze anos. Não sei, nem pretendo saber, se há algum culpado. Cabe a todos pôr um travão nesta descaracterização do Tribunal. Falemos mais do que nos une e do que nos leva, por vezes com enorme esforço, ao Tribunal e menos do que nos de lá afasta. Por vezes são aqueles em quem temos menores espectativas que nos surpreedem. O candidato ontem eleito tem sido o que mais tem pugnado pela manutenção do bom convívio no Tribunal. Já foi rebaixado, mas nunca mudou a maneira de ser, nunca passou para o insulto sério. O Xor Harbutti já errou e resolveu os assuntos à margem das sessões. Se não são juízes de direito, são-no de facto, mais do que todos nós. Xor Veiga Trigo, como membro do pelouro jurídico, a minha resposta ficou expressa no meu voto. Espero que aceite a resolução da questão, a favor ou não da impugnação, tão democraticamente como a colocou. Acredito que o fará, assim como o candidato vencedor. Se queremos uma revisão estatutária, concentremo-nos mais nas questões de fundo e menos das de forma. Chega de discussões sobre assuntos pessoais, chega do insulto sério. Voltem os farós falantes, as vacas gordas, os burros! Xor faraó falante: Juiz ou não, é o meu presidente. Merece-o mais do que ninguém!

Abdel Ghani disse...

Xor Juiz Dinis:

Muito obrigado por acreditar em mim, e faço suas as minhas palavras, pois ontem tinha algumas propostas a apresentar, e não me deixaram, pela situação criada nesta sessão, mais uma vez meramente de ataques e nada mais, de bola nem se falou e de democrático nada, mas nada a registar.

aquele abraço

madjer disse...

Felizmente existem ainda juizes exclarecidos sobre a realidade do nosso tribunal. Só assim podemos relembrar a alguns a nossa verdadeira origem!
Parabens pelo excelente post. Abraço