Deitado no sofá observo com algums descontracção o jogo que passa na televisão. Jogam dois portugueses, e como sempre secede nestas situações, a minha ânsia de que os tugas se evidenciem, apodera-se do meu subconsciente. Com Cristiano já nem se espera outra coisa que não seja pura e simplesmente resolver o jogo. O Man.Utd. já ganha 1-0 ao Bolton, golo de, imagine-se, Rocket Ronaldo. O estádio em coro canta o novo hino de Ronaldo. O puto da Madeira acaba de bater o recorde do mítico George Best, o melhor jogador britânico de todos os tempos. Perto dos 20 minutos, recebe uma bola, pica por cima do defesa, sofre falta. Com o seu ritual, que certamente ficará na história do futebol, Ronaldo prepara-se para bater o livre. No sofa de casa levanto-me para ver melhor. Expectante, roo as unhas. O puto arranca. Não faz um golo, faz mais uma obra prima. Com as mãos na cabeça testemunho mais uma enorme demonstração de superioridade. Muito mais que um fenómeno. Cristiano é força, velocidade, inteligência, raça, qualidade, classe, potência, entusiasmo, alegria, futebol. Cristiano sintetiza o que é o jogador moderno, um desiquilibrador com uma qualidade incomensurável, perfeito, elegante, fantástico. O melhor jogador do mundo é português. E enche-nos de alegria a cada toque na bola. Obrigado puto, és literalmente o maior. Muito mais que um fenómeno...
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