E agora Sr. Dr. Ricardo Costa?

O Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu hoje não levar a julgamento o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, no processo Apito Dourado relativo ao jogo FC Porto-Estrela da época 2003/04, conhecido como o "Caso da Fruta". Os co-arguidos Reinaldo Teles, António Araújo, Jacinto Paixão, Manuel Quadrado e José Chilrito também não foram pronunciados pelo juiz de instrução criminal (JIC) Artur Ribeiro. Carolina Salgado vai ser investigada. Esta é a noticia do dia. A pergunta que se coloca agora ao senhor justiceiro do Futebol Portugues de nome Ricardo Costa é: e agora? E agora que em tribunal e onde as escutas fizeram prova plena os arguidos não foram pronunciados pelos mesmos factos que levaram a uma condenação - sem falar da controversia da impossibilidade de utilização de escutas telefonicas em processos disciplinares, por muitos juristas defendida - precipitada e absurda que poderia (e ainda pode) originar a exclusao do FCP da Champions League, sem contar com o rombo na reputação de uma instituição perante os seus sócios e simpatizantes. E agora, sua figura narcísica, vai fazer uma conferencia de imprensa a bajular o seu tão imaculado relatório de condenação? E agora vai continuar a reputar a CD da Liga como o paladino da justiça? E agora que a justiça decidiu que só atraves de um grande trabalho de ficção ou conjectura as palavras de Carolina Salgado, sustentadas nas escutas telefónicas, teriam nexo de causalidade com o alegado aliciamento de Jacinto Paixão. E agora, que se provou que não houve favorecimento em qualquer lance do jogo com o Estrela da Amadora. E agora sr. dr. Ricardo Costa? Resta ao Conselho de Justiça da FPF mostrar-se atenta ao desfecho deste processo para decidir em conformidade e acabar de uma vez com este artista que tentou a custa do futebol pavonear toda a sua balofa e ridicula moral. Não sou hipocrita, nao digo que Pinto da Costa não se manobre nos meandros do futebol, apenas admito que não e o unico. Quanto ao caso em apreço era por demais fragil logo pela sustentação numa testemunha chave cuja credibilidade é demasiado questionável. Fez se justiça. Um abraço.