quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A SELECÇÃO DO "FON FON FON"

Não resisti a publicar na integra um artigo de opinião de um tal de Filipe Caetano, jornalista da IOL: "Escrevo a quente, mas, ainda assim, mais a frio do que é normal, logo após o apito final do árbitro. Já passou mais de uma hora, mas continuo sem querer acreditar. Aquela equipa é a mesma que nos levou a sonhar com o título europeu por duas vezes e quase até no mundial há dois anos? Tantas promessas soam a música. E má! É a Selecção do «Fon Fon Fon», como uma tuba estridente, forte, deselegante e com pouco jeito para a dança. Cheia de tiques e malabarismos. Fácil de conter e controlar, sem soluções fáceis e objectivos cumpridos A equipa de Queiroz afasta o ritmo das palmas, a bandeirinha na janela, o cachecol ao peito e os gritos por Portugal. Arrasta-se ao som de assobios, desabafos para o ar e chutos na relva. Golos ausentes, cruzamentos para a atmosfera, fintas «para o galheiro» (já que estamos em tom popular) e sustos lá atrás. Depois de Scolari nos ter trocado pelo Chelsea, tudo parecia ter melhorado. Regressava a casa D. Queiroz «Sebastião», com um projecto renovador que passava obrigatoriamente pelo apuramento para o Mundial da África do Sul. Os críticos desapareceram, Ricardo deixou a baliza e caras novas foram surgindo. Mas o namoro durou pouco, simplesmente porque os resultados não apareceram. O ponto de viragem foi a derrota em Alvalade com a Dinamarca. Um erro demasiado caro que tornou os jogos com a Suécia e Albânia absolutamente fundamentais. Sem a atitude e qualidade adequadas, a Selecção só conseguiu empatar, deitando por terra a imagem de conquistadora, dominadora, candidata, a melhor, ou uma das melhores. Neste momento, tudo isso praticamente não existe (parece mesmo ridículo) e a descrença é grande. O que nos vale é que só voltamos a assistir a este sofrimento no final do Março, quando voltar a ser fundamental vencer a Suécia. Pelo meio, resta-nos assobiar para o ar, vibrar com as vitórias dos nossos clubes, voltar a alimentar essa possibilidade de sucesso trazido pelas estrelas desta dita selecção de todos nós e cantar com os Deolinda: «Agora sim, temos a força toda! Agora sim, há fé neste querer! Agora sim, só vejo gente boa! Vamos em frente, havemos de vencer! Agora não, que me dói a barriga... Agora não, dizem que vai chover... Agora não, que joga o Benfica E eu tenho mais que fazer...» Um abraço

1 comentário:

Mogrovejo disse...

Gostei sobretudo do "desapareceram os críticos..." Podemos então considerar que este afamado jornalista da IOL e do Xô Juiz Mapuata não existem. Correcto. Parabéns a ambos. Um abraço.