Esforço por modernizar, nunca houve. Infraestruturas, nem vê-las (aquela espécie de complexo no Bolão até envergonha...). Estrutura profissional, não há (a não ser que párias como Agostinhos e Pompeus estejam de repente na moda). Insiste-se num obsoleto modelo democrático, quando a primeira SAD de futebol nasceu em Inglaterra nos anos 20 (pasme-se!!!). O estádio é um mono, com uma pista de atletismo ultrapassada e inútil (e para quê 30 mil lugares?). Vive-se sempre a falar do passado (quando se vai aos campos dos grandes, lá aparece o Manuel António ou os manos Campos a recordarem a última vitória na Luz ou nas Antas). A última presença no Jamor foi em 1969 (faz 40 anos para o ano). Último título nacional, o campeonato da segunda divisão em 1973 (nessa época, o Paços de Ferreira equipava à Porto e jogava na 3ª divisão). Taças europeias, nem vê-las (última presença em 1972). Nem uma grande contratação, nem uma grande venda, nem um grande treinador. Muito menos um grande campeonato. O de Vítor Manuel (6º em 1986) é a época mais fantástica dos últimos 20 anos, e de resto já ninguém se lembra dela. Em 30 anos, tudo mudou no futebol, no mundo e no país. A Académica, e Coimbra, ficaram a ver passar os navios. O atraso talvez seja irrecuperável, e estas eleições não auguram rigorosamente nada de bom. E assim vai a vida, com a Académica a viver do passado, do prestígio de um aristocrata com nome de família e brasão, mas arruinado. Com muitos adeptos, mas que não se dispõem a fazer grande coisa (onde estão o núcleo de veteranos e a casa da AAC em Lisboa quando é preciso dar um safanão neste marasmo???). A fazer lembrar um pouco o Benfica. Em ponto muito pequenino, claro. Quarto grande? Nem grande, quanto mais quarto... Abraço, Q.